Antes de a Escrever Escrever ter uma casa, ou sequer um nome, já era uma paixão.
Reuniam-se grupos, pequeninos, de três, quatro pessoas e aí se transmitiam conhecimentos sobre escrita, faziam-se exercícios, discutiam-se pontos de vista.
Por vezes, nas mesas de café, as fotocópias ficavam manchadas com migalhas crocantes de pastéis de nata. À volta do computador portátil, encavalitados, livros, chávenas de café, filmes, gargalhadas e uma vontade de fazer mais e melhor.
E os grupos foram crescendo e reclamando um teto que fosse só seu, de onde as horas de almoço não nos expulsassem das mesas que ocupávamos. Onde a escrita fosse senhora e rainha, e ganhasse o espaço que merecia.
E assim encontramos uma casa, junto ao rio Tejo, com soalho antigo de madeira. E à volta da mesa continuamos, com chá e bolachas maria, a ter a porta aberta, todo o ano, todos os dias da semana, para acolher mais pessoas, para haver mais encontros.
E os grupos foram-se multiplicando, e apeteceu-nos levar a Escrever Escrever para fora de portas. E numa primavera quente, começamos a fazer cursos em jardins, no elétrico, em miradouros. E quando a chuva regressou, precisámos de nos abrigar e convidaram-nos a entrar em museus, em espaços públicos e nas empresas. E de longe, chegaram ecos de saudade.
E a Escrever Escrever fez-se ao mares do mundo web e passou a contar histórias ao telefone e via Skype, chegando a quem não pode vir ao Chiado.
A todos, fazemos por chegar a sensação das mãos quentes em volta da chávena de chá, o som dos barcos no Tejo, a luz de Lisboa que nos entra pela janela e a paixão pela escrita que nos faz escrever escrever.
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